Brasil registra mais de 4 mil conexões de geração de energia fotovoltaica

A tecnologia de captação de energia solar tem aumentado sua eficiência nos últimos anos

O Brasil possui grande potencial para o desenvolvimento da energia solar. Até agosto deste ano foram realizadas 5.040 conexões de geração de energia pelo próprio consumidor – conhecida por micro e minigeração distribuída. Entre as energias renováveis mais utilizadas, a solar fotovoltaica é a fonte que mais se destaca, com 4.955 conexões. Os dados são da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Duas em cada três centrais de autogeração de energia foi instalada em 2016 Até o final de 2015, todos os países do mundo computavam uma potência instalada solar fotovoltaica de 234 GW
Duas em cada três centrais de autogeração de energia foi instalada em 2016
Até o final de 2015, todos os países do mundo computavam uma potência instalada solar fotovoltaica de 234 GW

De acordo com Rodrigo Sauaia, presidente da Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar), a busca pela geração de energia elétrica pelo consumidor vem aumentando.

Entre os locais com autogeração de energia fotovoltaica – conhecida também como centrais de autogeração de energia – cerca de 78% foram contratadas por residências, 15% por comércio e associações, e o restante, pela indústria.

Para Sauaia, o aumento da procura tem a ver com o aumento da conta de luz para o consumidor final no último ano, pois “é ele quem sente mais no bolso o aumento do preço da conta no fim do mês”, explica.

O Estado com o maior número de micro e minigeradores é Minas Gerais (1.226 conexões), seguido de São Paulo (711) e Rio Grande do Sul (564).

Incentivo

Para ampliar e aprofundar as ações de estímulo à geração de energia pelos próprios consumidores, o Ministério de Minas e Energia (MME) lançou, em dezembro de 2015, o Programa de Desenvolvimento da Geração Distribuída de Energia Elétrica (ProGD). Com R$ 100 bilhões em investimentos do ProGD, a previsão é que, até 2030, 2,7 milhões de unidades consumidoras poderão ter energia gerada por elas mesmas.

O presidente da Absolar explica que, para o consumidor final, o investimento para geração de energia fotovoltaica custa cerca de R$ 15 a R$ 25 mil. Sauaia destaca que esse investimento demanda de 6 a 12 anos para se pagar.

Para o especialista em regulação da Aneel, Daniel Vieira, o consumidor vem percebendo que há vantagens na adoção do sistema, pois se paga muito antes da vida últil das placas solares, que têm 25 anos de garantia.

Oferta mundial

Até o final de 2015, todos os países do mundo computavam uma potência instalada solar fotovoltaica de 234 GW, considerando também a expansão de 52 GW no ano.

De acordo com dados da Agência Internacional de Energia (IEA), a geração solar poderá responder por cerca de 11% da oferta mundial de energia elétrica em 2050 (5 mil TWh). A área coberta por painéis fotovoltaicos capaz de gerar essa quantidade é de 8 mil km², o equivalente a um quadrado de 90 km de lado.

Para 2024, a estimativa do Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE-2024), é que a capacidade instalada de geração solar no Brasil chegue a 8.300 MW. A proporção da geração solar chegará a 1% da total. Os estudos do PDE 2025, em elaboração, sinalizam a ampliação dessas previsões.

Fonte: Portal Brasil, com informações da Aneel, Absolar e IEA