Alunos do CMM criam projeto sustentável e disputam voto popular em feira de engenharia

Os alunos do Colégio Militar de Manaus (CMM), Victória do Monte Rodrigues, Giorgio Antônio Chiarini Silva e Tales Antônio Martins Lima concorrem à premiação na 15ª Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace). A disputa é por voto popular por meio de curtidas no site da Febrace e, também, no Facebook.

O trio elaborou o projeto “Sustentabilidade em um colégio militar na Amazônia: eficiência energética visando uma economia de baixo carbono e atenuação da desigualdade social” com a ajuda de dois professores com o intuito de criar um novo sistema de refrigeração e iluminação para o CMM.

Para validar os votos, é necessário acessar o site da Febrace. Na parte superior da página, há a opção curtir, que deve ser clicada. Ao final da página, após o resumo do projeto dos alunos, dê um clique na foto da equipe para aparecer o link do Facebook. Nele, é necessário que, quem tenha vorado no projeto, clique na opção “compartilhar”.

O projeto

Os sistemas de refrigeração e iluminação do Colégio Militar de Manaus – CMM utilizam o hidroclorofluorcarboneto, que representam 75% dos gastos do colégio com energia de fonte hidrelétrica, que emite grande quantidade de CO2 equivalente para a atmosfera. Por meio de experimentos, demonstrou-se que o CO2 contribui para o aquecimento do planeta e que o gás refrigerante HCFC-22 não destrói o ozônio atmosférico, mas compromete a absorção dos raios ultravioleta.

Por isso, foi planejado um novo sistema de refrigeração e iluminação para o CMM, capaz de encerrar essa poluição e zerar as contas de energia. O projeto prevê o aproveitamento energético da radiação solar na região Amazônica para os novos sistemas. Os 190 condicionadores de ar que existem no CMM serão substituídos por 200 centrais de ar que utilizarão um gás refrigerante ecológico e serão capazes de reduzir em 50% a demanda energética. Além disso, a iluminação fluorescente será transformada em LED por meio da reutilização dos componentes das 1.643 lâmpadas existentes. A demanda elétrica dos sistemas será produzida por 770 painéis fotovoltaicos que transformarão 115kW/m2/mês de energia solar em 54.450kWh/mês de energia elétrica, sendo o excedente encaminhado à rede pública.

Essa substituição da matriz energética, além de tornar o CMM uma usina de produção de energia renovável e zerar aos gastos com energia elétrica, fará com que o Colégio deixe de emitir mais de 3t de CO2 e 0,6t de HCFC-22/ano pela troca do gás refrigerante. Os resíduos gerados serão destinados a associações de catadores e gerarão uma receita de R$ 180.500,00 para atenuar as dificuldades vivenciadas por mais de mais de 40 famílias em risco socioeconômico. Desta forma, o CMM se tornará uma organização que, além de ofertar educação pública e de qualidade, desenvolverá uma economia eficiente e de baixo carbono, ao mesmo tempo que contribuirá para atenuar a desigualdade social e, assim, a conservação ambiental e sustentabilidade na Amazônia.

fonte: Portal Em Tempo