Cinema em Minas Gerais dispensa energia elétrica e funciona com luz do sol

Um cinema movido a energia solar está em funcionamento na cidade de Itajubá, em Minas Gerais. O espaço foi inaugurado em dezembro do ano passado e conta com quatro salas de exibição e capacidade para abrigar até 700 pessoas.

A tecnologia serve para gerar energia limpa e renovável além de reduzir drasticamente o valor da conta de luz. O chamado Cine A Itajubá conta com um sistema fotovoltaico formado por 450 módulos, instalados tanto no solo quanto no estacionamento, que também tem estrutura para produzir e abastecer o complexo com energia.

O investimento de R$ 14 milhões foi realizado pela Engie, a maior geradora privada de energia do Brasil. Só o cinema teve custo de R$ 661 mil. A empresa espera uma economia anual estimada de R$ 149 mil na conta de luz e um retorno financeiro em até quatro anos.

Além do sistema fotovoltaico, o cinema também tem um sistema de captação de água da chuva, capaz de abastecer 50% do consumo do Cine A Itajubá, e um serviço de coleta de lixo eletrônico – aparelhos usados podem ser descartados pelos clientes. O complexo ainda estimula o uso alternativo de transporte: além de carregadores para carros elétricos, há um bicicletário.

O Cine A Itajubá também reúne outras atrações, como um restaurante, academia ao ar livre, espaço para prática de yoga, slackline, meditação e dança. O espaço está credenciado com a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), entidade internacional que classifica empreendimentos que utilizam energias renováveis.

Segundo a Engie, o sistema permite economizar até 95% na conta de luz no fim do mês. Dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) apontam que atualmente mais de 63 mil brasileiros utilizam a energia solar. A estimativa do órgão é de que até 2024, o número suba para 886 mil consumidores. 

A rede Cine A conta com unidades localizadas nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Pará, mas apenas a de Itajubá conta com a tecnologia solar.

fonte: CanalTech