Geração solar fotovoltaica tem crescimento de 26,9% na primeira quinzena de agosto, informa a CCEE

Fonte apresentou 740 MW médios, ante 583 MW médios no mesmo período de 2019

A geração solar fotovoltaica apresentou crescimento de 26,9% no Brasil na primeira quinzena de agosto, apontam os dados divulgados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A fonte apresentou 740 MW médios, ante 583 MW médios no mesmo período de 2019. No Sistema Interligado Nacional (SIN), a produção de energia manteve-se praticamente estável, com queda de 0,1% na primeira metade do mês.

De acordo com o levantamento, a geração de usinas hidrelétricas cresceu 12,9% em relação aos mesmos quinze dias do ano passado, acompanhando a retomada gradual do consumo de energia em função do início do retorno das atividades no país. A fonte apresentou geração de 42.405 MW médios, ante 37.568 MW médios em 2019. 

Na mesma base de comparação, as eólicas apresentaram evolução de 6,5%, enquanto a geração térmica registrou recuo de 37,1%. A câmara destacou que a queda pôde ser observada, inclusive, na geração de usinas a biomassa. 

Conforme o boletim da CCEE, o consumo de energia no SIN caiu 1,2% na primeira metade de agosto, frente a igual período em 2019, passando de 60.010 MW médios para 59.308 MW médios. “Além dos efeitos ainda presentes do isolamento social, temos também o efeito calendário. Agosto deste ano tem um dia útil a menos ante o mesmo mês no ano passado”, explica o gerente da área de Segurança de Mercado & Informações da CCEE, Carlos Dornellas.

No Ambiente de Contratação Regulada (ACR), a redução foi de 2,9%, para 39.709 MW médios. Expurgadas as migrações para o mercado livre, o ACR verificaria retração de 0,9%. Já no Ambiente de Contratação Livre (ACL), o consumo cresceu 2,6%, chegando a 19.599 MW médios. Porém, expurgando o impacto da migração, o ACL apresentaria queda de 1,7%. Os autoprodutores diminuíram seu consumo em 4,4%, para 2.135 MW médios.

Os consumidores livres apresentaram queda de 0,1% na demanda, enquanto os especiais observaram crescimento de 11,8%. Ao expurgar o efeito da migração, observa-se queda de 0,5% e 2,3%, respectivamente.

O boletim ainda informa que, apesar do retorno gradual das atividades econômicas que foram reduzidas por causa da pandemia, os ramos de veículos (-13,1%), transporte (-12,1%) e serviços (-11,2%) ainda lideram o ranking das maiores quedas no consumo de energia. No entanto, as retrações já são muito mais amenas do que nos meses anteriores.

Já os segmentos que apresentaram maior elevação de consumo foram os de saneamento (27,3%), comércio (16,7%) e bebidas (12,3%). A CCEE avalia que parte desse aumento está diretamente vinculado à migração dos consumidores para o mercado livre e, expurgadas as migrações, os setores tiveram percentual de, respectivamente, 4,5%, -5,1% e 9,2%.

fonte: Portal Solar