O Brasil planeja adicionar mais energia solar à sua eletricidade

O Brasil é o segundo maior produtor de energia hidrelétrica do mundo, depois apenas da China, e a energia hidrelétrica representou mais de 70% da geração de eletricidade do país em 2018. O mais recente plano energético de 10 anos do Brasil procura manter esse nível de geração aumentando a participação de não-renováveis, particularmente solar.

A maioria das usinas hidrelétricas do Brasil está localizada na bacia do rio Amazonas, no norte do país, mas a demanda do Brasil por eletricidade é principalmente ao longo da costa leste, particularmente na porção sul. A dependência de energia hidrelétrica para a maior parte da geração de eletricidade do país, combinada com os locais distantes e distintos de seus centros de demanda, apresentou desafios de confiabilidade de eletricidade .

Após uma seca de três anos no Brasil de 2012 a 2015, a incerteza sobre o abastecimento de água levou a uma maior diversificação em mais tecnologias de geração não-hidrelétrica. O consumo de gás natural aumentou, mas as preocupações com a disponibilidade de gás natural (o Brasil atualmente consome mais gás natural do que produz) e o aumento das emissões de CO2 de combustíveis fósseis em geral levaram os formuladores de energia a estabelecer metas mais altas para o desenvolvimento de fontes renováveis.

Como parte de seu plano de 10 anos de expansão de energia, o Brasil espera que as energias renováveis ??não-hídricas cresçam cerca de 3% ao ano e atinjam até 28% do mix de energia nacional até 2027. O último plano – Plano Decenal de Expansão de Energia (PDEE) 2027 – concentra-se em uma expansão significativamente aumentada da capacidade solar fotovoltaica (PV), enquanto a capacidade de hidroeletricidade permanece acima de 50%. O PDEE 2027 prevê que a capacidade solar fotovoltaica instalada aumente para 8,6 gigawatts (GW) até 2027, acima dos 2,5 GW em fevereiro de 2019.

O Brasil atualmente apóia o desenvolvimento de energia fotovoltaica em escala de utilidade pública através de leilões de energia conduzidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica com leilões de projetos novos e existentes. O próximo leilão de 2019 A-4 – para projetos que serão comissionados nos próximos quatro anos – admitirá apenas tecnologias de geração de energia renovável, incluindo energia solar fotovoltaica, eólica, biomassa e energia hidrelétrica. A energia solar fotovoltaica foi responsável pela maior parte do leilão de 2018 A-4, com cerca de 800 megawatts (MW) de capacidade contratada.

Os planos do Brasil para aumentar sua participação de não-renováveis ??também incluem geração solar distribuída, que inclui matrizes fora da rede de até 5 MW. Atualmente, o Brasil possui mais de 500 MW de capacidade solar instalada de geração distribuída. Mais de 49.000 sistemas de energia solar fotovoltaica estavam operacionais sob medição líquida no Brasil no final do ano passado, cerca de 75% dos quais eram instalações residenciais. O governo projeta que 2,7 milhões de unidades consumidoras poderiam fornecer 23,5 GW de capacidade de geração elétrica até 2030.

fonte: O Petróleo