Projeções pós-pandemia despertam a necessidade de um consumo mais sustentável

Países, cidades, governos e a sociedade como um todo estão se voltando para a retomada do crescimento econômico em resposta à crise gerada pela pandemia do coronavírus. Diante do novo cenário, uma economia verde, sustentável, consciente, com baixa emissão de carbono, desmatamento zero e que enxerga as mudanças climáticas como um problema a ser resolvido se faz ainda mais necessária. Essa economia também prevê incentivos a novas formas de usufruir os recursos naturais, conservando o meio ambiente.

economia verde foi um conceito desenvolvido em 2008 pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), para um modelo que se baseie no bem-estar social, em reduzir riscos ambientais e conservar os recursos naturais. De acordo com a organização, esse modelo precisa estar centrado em estimular a geração de empregos e a produção de renda para toda a população, ao mesmo tempo em que devem ser tomadas medidas para a redução da emissão dos gases de efeito estufa e a ampliação da eficiência energética, com o uso de fontes de energia alternativas e limpas.

Nesse contexto, a energia solar fotovoltaica vem como resposta a essa busca por uma energia alternativa e limpa e um meio ambiente mais saudável. Como uma fonte de baixo impacto ambiental, renovável e de fácil instalação, a energia solar apresenta também uma importante redução nos custos financeiros para os consumidores.

Para Robert Fischer, sócio proprietário da empresa Topsun Energia Solar, a produção da própria eletricidade com a energia fotovoltaica distribuída é uma forma de alinhar o negócio com boas práticas ambientais, o que pode ser um grande diferencial para empresas de todos os portes, principalmente com as prospecções pós-pandemia, que passam a exigir do mercado maior responsabilidade social. Além disso, segundo Fischer, essa é uma forma de controlar e reduzir custos neste momento.

“Após um primeiro impacto causado pela pandemia, o mercado começou a reagir e superar expectativas. Acreditamos que, com a vacinação da população e uma estabilidade econômica, esse crescimento continuará, e já estamos nos preparando para esse aumento de demanda”, afirmou.

Em 2020, mesmo em meio a pandemia, a empresa catarinense teve um crescimento de mais de 30%, se consolidando entre as principais empresas do ramo na região.

Custos e benefícios

Cálculos feitos pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), com base em dados oficiais dos órgãos de governo, estima que, para cada R$ 1 investido em sistemas fotovoltaicos de pequeno e médio portes usados para abastecer residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos, o setor devolve mais de R$ 3 em ganhos elétricos, econômicos, sociais e ambientais aos brasileiros.

Dentre seus benefícios, a geração distribuída solar fotovoltaica ajuda a aliviar a operação da matriz elétrica brasileira, quase toda ela centrada nos reservatórios das hidrelétricas e, também, com a redução do uso de termelétricas, que são caras e poluentes. Como resultado, diminui os gastos mesmo daqueles consumidores que nunca investiram nesse tipo de tecnologia.

De acordo com Fischer, cada dia as informações sobre a energia solar se popularizam mais, deixando de ser algo desconhecido ou algo de um futuro distante para a nossa realidade atual. “Com linhas de financiamento atrativas, a energia solar está se tornando cada vez mais democrática, atendendo tanto grandes empresas quanto pequenas residências”, afirma.

Para a Absolar, é importante lembrar também que odinheiro economizado na conta de luz dos consumidores com energia solar é reinserido no mercado e ajuda a movimentar os setores de comércio e serviços, aquecendo a atividade econômica local.

Além dos ganhos econômicos

Segundo a Associação, no aspecto da sustentabilidade, graças ao baixo impacto ambiental da tecnologia solar fotovoltaica, o País evitará a emissão de 75,38 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera até 2035, caso as regras atuais da geração distribuída sejam mantidas. Adicionalmente, reduzirá a emissão de poluentes danosos ao clima, à qualidade do ar e à saúde, contribuindo para aliviar gastos ao sistema público de saúde, custeados pelos impostos da sociedade.

fonte: G1