por Marcela de Pinho Nunez e Sílvia Maria Stortini González Velázquez
O setor elétrico brasileiro é composto por 57,12% de geração proveniente de hidrelétricas, 24,04% de termelétricas e o restante de energia eólica ou importação de energia de outros países, compondo o Sistema Interligado (SIN), que faz o intercâmbio da energia na maior parte do território, e apenas 0,6% do mercado nacional faz parte do Sistema Isolado (SI).
Existem, ainda, dois milhões de brasileiros sem acesso à eletricidade, que são moradores de comunidades isoladas, cuja população tem baixa renda e um Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) muito baixo, visto que a falta de energia proporciona um grande atraso no desenvolvimento dessas comunidades, que não têm acesso à educação e aos meios de produção para aumentar a renda familiar e a qualidade de vida.
Nesse cenário, este trabalho apresenta o desenvolvimento de projeto de um sistema de geração de energia solar fotovoltaica para essas comunidades isoladas, onde as concessionárias de energia não operam. São apresentados estudos realizados a partir do software PVSyst para verificar a viabilidade técnica e econômica de tais projetos para áreas da Amazônia Legal e do Nordeste brasileiro, locais que apresentam o maior número de pessoas sem acesso à eletricidade do país e um grande potencial para implantação de sistemas fotovoltaicos. Entretanto, por causa do alto custo desses sistemas, sua instalação em pequenas comunidades é inviável, pois conflita com o restrito orçamento das famílias dessas regiões. Então são também analisados os impactos socioeconômicos de tal projeto para as comunidades beneficiadas, além das políticas públicas de incentivo à sua instalação.
fonte: Research Gate – Revista Mackenzie de Engenharia e Computação