Importância das normativas de segurança para usinas fotovoltaicas

Em breve, todos os Corpos de Bombeiros terão normativas para mitigar riscos de incêndio, diz responsável técnico da Ecori

Em um ano de definições na legislação que determina as regras para os sistemas fotovoltaicos no Brasil, especialmente por causa da Lei 14.300, é importante também ter uma atenção especial às questões relacionadas às normativas de segurança.

Isso ocorre pois a preocupação com a segurança das instalações cresce, à medida que a demanda por empreendimentos fotovoltaicos ganha cada vez mais espaço na matriz energética brasileira.

Acompanhando o crescimento exponencial desta tecnologia no país nos últimos meses, o comando do Corpo de Bombeiros de vários estados vem trabalhando para definir instruções técnicas específicas.

Em Minas Gerais, por exemplo, foi lançada em agosto de 2022 a instrução técnica número 30, que diz que nos sistemas de energia solar também deverão ser instalados equipamentos de proteção de falha de arco elétrico e dispositivo de desligamento rápido.

engenheiro João Souza, responsável técnico da Ecori Energia Solar, destacou que o Corpo de Bombeiros atua de forma estadual, com os estados trabalhando em normativas técnicas para mitigar os riscos de incêndio e choque elétrico, assim como aprimorar algumas técnicas de incêndio em sistemas fotovoltaicos.

“Os estados estão se movimentando e, em breve, todos os Corpos de Bombeiros terão suas normativas. Mato Grosso estava em consulta pública e logo mais deve publicar a norma”, disse.

“O Distrito Federal estava trabalhando na norma e, em breve, deve lançar a consulta pública. É um assunto extremamente importante, porque são dispositivos de segurança tanto para os proprietários, quanto para o Corpo de Bombeiros”, explica.

No Distrito Federal, Souza comentou que toda a movimentação do Corpo de Bombeiros começou depois de um treinamento realizado por ele e Rodrigo Matias, diretor comercial da Ecori, no batalhão.

“Desde o início de suas atividades no mercado brasileiro, a Ecori levanta a bandeira da segurança. Prova disso é que trouxe para o país equipamentos da APsystems, que além de valor agregado já respeitavam as normas de segurança internacionais”, ressaltou Matias.

“Tivemos um posicionamento de vanguarda, ao apostar que esse já era um movimento que aconteceria aqui no Brasil quando o mercado estivesse mais maduro”, apontou.

“Participamos ativamente das discussões técnicas na ABNT, no INMETRO e com o Corpo de Bombeiros para que essas normativas possam se tornar realidade, o que vai beneficiar o mercado fotovoltaico como um todo”, afirmou João Souza.

O engenheiro faz parte de comitês da ABNT que estão discutindo o tema e trabalhando em normas de segurança que também funcionarão como um norte para a atuação das equipes do Corpo de Bombeiros.

Segundo a Ecori, com o aumento da participação da energia solar na matriz energética nacional, profissionais que atuam no mercado fotovoltaico devem ter atenção às mudanças técnicas e regulatórias.

“É fundamental que os integradores estejam a par dessas normativas, pois o Corpo de Bombeiros faz vistorias e só libera o alvará de funcionamento em indústrias, comércios e residências familiares, como condomínios, se estiver tudo certo para o pleno funcionamento. Então, é importante estar ciente disso para poder dar todo o suporte aos clientes”, enfatizou o responsável técnico da companhia.

Ele destacou ainda que segurança é um valor inegociável para a Ecori e, por isso, durante o ano todo, a empresa realiza treinamentos sobre as tecnologias e os componentes utilizados em suas soluções, sempre trazendo o tema segurança e monitoramento, tirando dúvidas e falando de novidades.

MLPE

De acordo com a distribuidora, as soluções que usam a tecnologia MLPE são essencialmente mais seguras. A sigla em inglês significa eletrônica de potência em nível de módulo. “No sistema MLPE, a produção de energia é maior quando comparada a sistemas tradicionais”.

Em mercados mais maduros onde o sistema fotovoltaico já é uma tecnologia mais implementada, existem requisitos de segurança para minimizar os riscos de incêndio e choque elétrico e, assim, facilitar o trabalho do Corpo de Bombeiros em ocorrências com um sistema fotovoltaico envolvido.

Para a empresa, esse cuidado é necessário, visto que enquanto o sol estiver brilhando, os sistemas fotovoltaicos estão energizados. Quando isso acontece nos sistemas da categoria MLPE, a tensão é reduzida para uma tensão de segurança, com cerca de 80 a 120 V, diferentemente dos outros sistemas em que a tensão alcança até 1000 V, mesmo com o sistema e os disjuntores desligados.

“Essa redução de tensão é fundamental para que os bombeiros possam atuar no combate ao incêndio com segurança e sem riscos de choques elétricos”, concluiu a companhia.

fonte: Canal Solar